Diz a tradição que, tendo falecido uma filha do sargento mor João do
Valle Bezerra, foi mandado sepultar no cemitério do Assu, a que pertencia; aconteceu,
porém, que os condutores dos despojos funerários foram colhidos por um grande
temporal e uma forte cheia do rio Piranhas, que lhes impossibilitava o passo
sendo forçados a enterrar nos matos a filha daquele sargento mor.
Por isso, João do Valle e
sua mulher, Dona Thereza de Jesus, ergueram uma capela a Sant’Ana e doaram por
escritura de 15 de setembro de 1756, uma parte de suas terras no sítio Campo
Grande, a qual foi licenciada pelo Bispo
coadjutor de Pernambuco, D. Francisco Xavier Aranha, por portaria do visitador
Miguel de Jesus Maria, datada de 17 de setembro de 1756. A Capela foi benta B
pelo padre João Saraiva de Araújo, no dia 6 de agosto de 1776, sob a invocação
de Sant’Ana do Campo Grande e filial da matriz do Assu.
João do Valle Bezerra (08/05/1700 – 15/06/1779) foi nomeado
administrador da Capela de Sant’Ana, a 12 de outubro de 1768 e substituído em
1779 por Manoel Ignácio de Oliveira Gondim.
A 13 fr outubro de 1787, (ou
a 3 de abril de 1780), segundo alguns
assentos) o padre José de Jesus, neto dos doadores e primeiro capelão ali,
reformou a primitiva doação de seus avós, aumentou a terra para 550 braças de
frente B do sitio e no local da capela.
A lei nº 17 de 31 de setembro, desmembrou da freguesia do Assu
e elevou à Igreja Paroquial a capela de San’Ana do Campo Grande do Upanema.
Limitando a ao norte com Apodi e Assu, ao sul, com a Paraíba, pelos limites
antigos do Assu ao nascente, a serra de João do Vale até as pinturas e dali
para o norte, atravessando o Paraú, no Alagamar, ate o PERRIXI, A OESTE DE
Cacimbas. Para isto concorreu principalmente o padre Victo Antonio de Freitas.
O primeiro vigário interino
da nova freguesia foi o padre Florêncio Gomes de Freitas, e o primeiro colador
foi o padre Manoel Bezerra Cavalcanti, nomeado a 4 de dezembro de 1840 e
empossado a 28 de fevereiro de 1841, o qual foi pároco durante 54 anos.
FONTE: PESQUISA FEITA POR
ESTE PESQUISADOR NO INSTITUTO HISTÓRICO DO RIO GRANDE DO NORTE. INFELIZMENTE,
NÃO ANOTEI O NOME DO AUTOR
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